Mês passado vendo as news, enquanto estava em casa por conta do feriado de verão.
Uma notícia que chamou os holofortes da mídia, foi o fato dos EUA desembarcarem em Yamaguchi 12 modelos do avião Osprey.
Muita gente nem deve saber do que se trata ou sequer ouviu falar desse modelo.
Mas, o fato destes aviões desembarcarem por aqui já causou muita revolta na população local, trazendo consigo protestos nas ruas, contrários ao desembarque destes aviões.
Ah sim, vieram num navio cargueiro, e acho que deve saber que muitos aviões da força aérea americana encolhe as asas, exatamente para serem transportados nos porta aviões, e só no deck de decolagem é que as asas são totalmente abertas (thank´s Discovery Channel, por me informar sobre isso, entre outras coisas).
Enfim, o fato é que a revolta do povo aumenta, por conta do fato de que estes aviões são instáveis ainda, apesar de que o projeto já tem vários anos, décadas, desde o estudo a testes.
E em todo estes tempo, já ocorreram vários acidentes, incluindo pelo menos uma dezena de vítimas fatais e tantas outras machucadas e para piorar a reputação, só neste ano, duas aeronaves caíram matando mais militares.
E povo teme que possa acontecer algum acidente, levando em consideração que a base onde os aviões estavam eram praticamente rodeado por cidades.
Esse modelo de aviões tem como trunfo a não necessidade de uma pista de pouso/decolagem, exatamente pelo fato de usar uma técnica que se assemelha ao de helicópteros, onde as hélices ficam voltadas para cima, e quando se atinge certa altura, o piloto muda os comandos para que as hélices tomem a posição normal de uma aeronave desse tipo.
O problema reside nessa troca de posições das hélices, além do que levanta uma poeira desgraçada quando se aterrissa ou decola, muito mais do que o helicóptero, por se tratar de duas hélices.
E para piorar a situação, ou melhor dizendo colocar mais lenha na fogueira, essas aeronaves serão enviadas para a base aérea americana situada em Futenma em Okinawa.
Digo isso porque esse tema é uma pedra para o governo japonês, já que o povo quer que a base seja retirada da ilha e enviada para o mais longe possível, enquanto que o governo americano não quer sair de lá, por se tratar de um ponto estratégico (militar) e para o governo resta tentar agradar os dois lados.
Acalmar a população e não causa uma crise diplomática com os EUA tem deixado o governo japonês com uma batata quente, que passa de mão em mão, no caso dos primeiros ministros, que desde que a oposição tomou posse e garantiu que daria um jeito nessa situação.
Yukio Hatoyama, Naoto Kan e agora Noda Yoshihiki já enfrentaram/enfrentam esse dilema, que parece não ter fim.
Esse é um problema que aflinge os japas, mas para os brasileiros no Japão, é algo inexistente, já que não influencia em nada em nossas vidas por aqui.
Mas, é um fato a ser comentado, já que quem pretendo ficar por aqui um bom tempo ou até em definitivo, deve pelo menos se inteirar ao que acontece no país.
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