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| O desenho nem de longe está bom..anyway |
E dos YouTubers na qual eu sigo, acho que foram interessantes os contados pelo PC Siqueira (MASPOXAVIDA)e Pelo Cauê Moura (DESCEALETRA), acho que o que me atraiu mais foram os desenhos do que pela história em si, que por momentos se assemelham em alguns pontos.
Mas, quem não tem uma história interessante à se contar?
Uns diriam que tiveram uma infância normal ou uma vida até agora "desinteressante", em alusão à muitos que tiveram uma infância/adolescência agitada.
Porém, uma coisa não pode se negar, sempre, alguém do seu ciclo/rodinha tinham coisas "foda" pra contar, que te faziam pensar, "putz, bem que poderia/podiapassar por uns trecos assim e bancar o Fuck Yeah uma vez só"...
Anyway, pra mim eu tive uma infância um pouco fora da normalidade, acho que muitos diriam trágica.
Mas, hoje eu vejo que foi embaçado, porém na época nem me tocava, já que na infância a garotada quer mais é zoar, brincar, tacar um foda-se para o mundo, já que o negócio é se divertir.
Parando para para pensar tenho dó sim dos meus pais que passaram por cada "apuro".
Como naquela época não havíamos esse mundo eletrônico à mão, o jeito era brincar da forma tradicional, porém o perigo mora ao lado, como muitos dizem.
E durante minha infância, guardo como "recordação" boa ou má, depende do ponto de vista...
Não me lembro a ordem cronológica.
- Já fui atropelado, lá pelos meus 5 anos, quando fui atravessar a rua feito jato, sem olhar para os lados, fui em linha reta e "pronto".
Acordei no hospital, numa cadeira de rodas, sendo empurrada pela minha mãe, mas foi por instantes, e só lembro da parte onde estava sobre a cama (leito) com o pé e o braço engessado, e de castigo por uns dias no hospital (internado).
Depois de tirado o gesso, eis que tento andar e tomar um puta tombo desgraçado.
- Já quase fui incendiado, queimado eu fui, já que sei lá por que cargas d´água acabei-me encurralado num canto enquanto meu irmão tacava fogo num monte de jornal logo abaixo de mim, e num súbito desespero o jeito seria gritar...maaaaanhêêêê.
Pasmo, ela entrou em desespero ao ver a cena, normal para qualquer pessoa, e o resultado queimaduras nas pernas, nada grave, mas foi uma visão do inferno literalmente.
- Já quase deixei este para melhor (será?), quando fui inventar de puxar uma tampa de um cano de um rio, que no caso servia para obstruir a saída da água estrategicamente, porém fui eu lá, puxar o tampão, quando acabo sendo puxado para baixo com toda força sem tempo de qualquer reação.
Minha visão de dentro da água turva, o brilho do céu, um silêncio inquietador e sem nenhum tipo de reação ou pensamento, nem mesmo um "fudeu", e instantes depois sinto uma mão me puxando para fora da água, fora meu irmão mais velho (não aquela que quase ateou fogo em mim) me salvando.
Hoje, guardo comigo um certo trauma de água, afogamento, e coisa do gênero.
- Já caia da janela de cabeça no concreto, acho que deve ser por isso que não tenho o formato da cabeça bem formada e penso diferente de muitos.
- Desde cedo era basicamente um "forever alone", já que brincava a maior parte do tempo sozinho, vez ou outra com os vizinhos.
- Já na adolescência novamente fui atropelado, porém com menos lesão ou coisa do gênero, apenas o susto, o susto de ver crescendo um carro em sua direção e num passe de mágica ou reflexo sem querer, dar um pulo que me fez escorregar pelo capô do carro e cair de pé.
- Já fui vítima de bullying, o fato de ter vindo de um colégio particular e católico, deparar com um colégio estadual, um outro mundo, na qual nem sabia o que era um palavrão.
Somente depois de alguns anos consegui reverter a situação e o praticante de bullying no final é quem ficou em maus lençóis, já que acabei me tornando "amigo" de um cara grandão, enquanto o guri ficou pra trás e depois disso passou a me respeitar, a não me encarar.
Nesse meio tempo criei amizade, grandes amigos, porém confesso que estou devendo mais contato.
Após isso acabei vindo para o Japão, logo após terminar o colegial (sei lá como classificam hoje) e por aqui o perrengue no começo foi complicado.
E novamente passei por situações de quase ser atropelado, problemas com o idioma.
Com perseverança consegui mudar muita coisa, aos trancos e barrancos aprendi o idioma, não de maneira escolar, mas para me virar no dia-a-dia.
Gastei um caminhão de dinheiro ao me aventurar na fotografia (de filme na época).
Passei por bons momentos, conhecer pessoas de bem, assim como pessoas de má índole, porém nunca fui traído para este lado e sou careta, não fumo não me drogo nem nada.
Já passei sim pelo meu primeiro porre, por alguns outros num período e depois sai dessa vida.
Passei por momento conturbados, coisas que achei que viria apenas em novela, num dado momento novamente tendo colocado a vida em risco, porém essas são águas passadas.
Hoje encontro-me do lado de uma ótima pessoa, num ótimo relacionamento.
Deixei de investir na fotografia, que é um poço sem fim, e caseiro atenho a ficar com os games, este que segue minha vida desde a infância, mas nada de bitolagem.
E diferentemente do que as pessoas pensam, japonês no Brasil não é rico, pelo menos nem todos, sempre tive uma vida humilde, e não pensem que quem vem para o Japão se torna rico, novamente digo que tiveram pessoas que conseguiram de alguma forma se aproveitar de tal situação e estarem de bem enquanto outros não tiveram a mesma sorte ou competência.
É, se tivesse dado menos cabeçada nessa vida, acho que nem estaria aqui, ou neste espaço, enfim, não há do que se lamentar, já que não dá pra voltar no tempo.
Enfim, ao rever tudo isso, faz pensar que tive várias tragédias no meu "currículo" e que as coisas poderiam caminhar para um lado ruim.
E acho que se servir (de exemplo)para alguma coisa é a de que...não façam isso com seus pais.
Vou colocar aqui os vídeos do PC e do Cauê e mais um, que vi, que considero legais.
- PC Siqueira [MASPOXAVIDA]
- Cauê Moura [DESCEaLETRA]
- Marcos Castro
- GuiToledoVideos
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