quarta-feira, 15 de abril de 2020

Ajuda de¥100mil? ¥300mil? E agora?



Tempos atrás quem acompanha um pouco o noticiário, ficou sabendo que o governo que iria "dar" uma ajuda de custo para população no valor de ¥100mil, depois foi falado em vouncher, pois se desse em dinheiro muitos iriam poupar.

Depois, foi falado em vouncher para comprar carne.

Porém, nesse meio tempo, o restante dos países atingidos pela Pandemia e que tiveram lockdown, os governos anunciaram um super pacote de ajuda para quem teve de ficar em casa ou teve a renda cortada, os valores foram os mais diversos, dependendo de cada país.
E o Japão ficou meio que para trás, sendo motivo de muita chacota até dentro do arquipélago.

Foi então que o governo começou a se mexer, a chegaram no valor de ¥200 mil ienes por residência, e isso foi veiculado amplamente pela mídia, até que o governo resolveu dar hypada e anunciou uma ajuda de custo (現金給付 - genkin kyufu) de ¥300 mil ienes, porém para quem sofreu ou teve uma queda abrupta no rendimento.

Só que como isso seria feito, não havia sido divulgado de uma forma clara, aliás não existia um plano, apenas um valor.
E o governo disse que iria simplificar o máximo possível para que o processo fosse agilizado e o dinheiro seria disponibilizado ainda no mês de maio.

Na semana passada, o governo divulgou uma lista mais ou menos de como seria feito a triagem.
Só que ficou bem mais ou menos, que chegou até a dificultar ainda mais a compreensão, sem contar que poderia ser "burlado" se a pessoa agisse de má fé.

Na verdade, como disse, o governo não criou um plano sólido, bem elaborado, de como fazer a triagem sendo justo.
Já que a ajuda de custo seria para quem tivesse sua renda comprometida de alguma forma por causa de pandemia e pelo estado de emergência declarado pelo governo federal.



Simplificando, seria dado a ajuda para quem tivesse sua renda bem reduzida, ou até reduzido pela metade.
Para famílias, seria um valor diferente, uma vez que o provedor mais a esposa podem trabalhar e ter a renda.
Trocando em miúdos, em um dos exemplos, se a pessoa mora sozinha e teve a renda reduzida para metade e estar em um dos cases dado pelo governo (rendimento anual), a pessoa acaba recebendo.
Porém seria medido também o rendimento da pessoa desde o mês de fevereiro até maio e assim seria fácil constatar que houve de fato uma redução drástica.
Só que um fator que pode comprometer é que o rendimento da pessoa não entrar no case do governo, mesmo tendo sua renda mensal reduzida pela metade, a pessoa acaba inapta a receber.



Na verdade houve muitas contas, mas nenhuma confirmada pelo governo.
Houve valores, na verdade um esboço do governo, exemplificando de forma bem grossa, e tosca.
Só que depois, veio mais informações que o rendimento anual baseado no imposto residencial seria levando em conta, ou seja, se passar em um critério e não no outro, como disse acima a pessoa acaba não recebendo.

Enfim, foi uma verdadeira lambança, que o governo reconheceu que seria difícil fazer a triagem de maneira correta em pouco tempo, ou seja, para fazer a coisa e beneficiar quem realmente precisa, levaria um tempo considerável.

Então no começo dessa semana, foi ventilado pelo partido da coalizão a liberação do valor de ¥100 mil para todos sem levar em conta a renda.
Isso chegou até o primeiro ministro e na data de hoje (15 de abril de 2020) ele disse que irá avaliar o caso.

Sendo que o Abe em um programa (na NHK se não me engano) havia dito que essa ajuda seria para quem estivesse precisando, que foi impactado pela pandemia e que quem não teve a renda afetada não necessitaria dessa ajuda (de fato nisso ele está certo).
E comentou que diferente da crise de 2008, em que o então primeiro ministro Taro Aso, distribuiu para todos a quantia de ¥12 mil ienes, dessa vez seria diferente.

Ou seja, o governo está mais perdido que cego em tiroteio, e para piorar por assim dizer, tem o esquema das máscara de pano, que vai consumir ¥46.6 bilhões de ienes dos cofres públicos, que começarão a serem entregues a partir dessa semana, com prioridades para os locais onde há focos da doença e províncias atingidas pela estado de emergência.

link para a matéria de hoje:
https://www3.nhk.or.jp/news/html/20200415/k10012387831000.html


O que é mais incoerente é que o governo quer que o dinheiro circule, pois ele está "parado".
Como fazer as pessoas a gastarem diante de um cenário que transmite insegurança?
Só dar dinheiro não resolverá.

O que eu acho que seria coerente, seria o governo cortar o imposto de consumo de alimentos essenciais, assim como medicamentos, não diria zerar, mas reduzir bem, que com toda a certeza o povo iria abrir a mão.
Produtos não essenciais, poderia ser deixado para um segundo estágio, onde a pandemia fosse reduzida e o estado de emergência cessado, aí o governo poderia cortar o imposto de consumo dos produtos por um determinado tempo.

Porém, para evitar que pessoas de má índole se aproveitassem da situação para comprar em grande volume para depois revender, o corte de impostos iria valer para um item (dependendo do item) e caso a pessoa quisesse comprar mais de um item do mesmo produto seria cobrado o valor cheio sem desconto, para assim intimidar os revendedores.

Cortar o imposto com certeza atingiria a todos, todas as camadas sociais e haveria sim um aumento dos gastos.

Só que políticos só pensam neles, não pensam na população, não pensam que estão enforcando quem os sustentam

Enfim, temos de aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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