Semana que se passou marcou a volta ao batente após uns dias de folga, do feriado de Golden Week, pra mim alguns dias, para outros uma longa semana de descanso.
O lado bom, uns dias de folga para se desligar um pouco do frenesi do dia-a-dia.
Mas, o lado "ruim" é que isso cria uma quebra de ritmo e voltar pleno é algo bem complicado.
Enfim, o meu retorno marca a volta de um mundo nas costas, uma espécie de pressão psicológica aliado a própria pressão que deposito em mim.
Ou seja, mal volta-se do feriado e nos primeiros dias o corpo sente tudo isso logo que se adentra ao ambiente, ombros pesados e aquele clima carregado, ainda mais estampados nos rostos dos outros, expressão de cansaço aparente, ritmo em slow down.
Ok, todo lugar há pressão em maior ou menor escala, mas muitos BR aqui no Japão sequer ligam para isso.
O que passa pela cabeça de muitos é que, isso é coisa para chefe, muitos encaram como, entro, faço minha parte, bato o cartão de ponto e só, simples assim.
Em partes é isso mesmo, pressão quem tem de se virar com ela seria dos chefes, mas nem todos pensam assim.
Cada um puxa para si a responsabilidade que lhe cabe dentro do seu ambiente de trabalho (deveria).
Eu, de minha natureza, dedico veemente e automaticamente me cobro no mesmo patamar e é claro que quem está ao meu lado, apesar de não ter necessariamente obrigação, acabo botando certa pressão.
Yep, sou um chato de galocha na visão de muitos, alguns podem achar puxa-saquismo ou coisas do gênero.
Afinal, estamos sendo pagos para exercer aquilo que nos é proposto (problema é quando muitos não fazem sequer isso), muitos pensam pra quê fazer mais se no final do mês, no contra cheque nada vai mudar?.
Eu, penso diferente, ao ponto de que você tem de fazer por mercer aquilo que recebe, se é muito ou pouco (geralmente todos acham pouco independente no montante) isso é indiferente, uma vez que se dedicar ao seu trabalho é o mínimo que todos deveriam fazer, pois isso tornaria a vida de todos mais fáceis ou menos complicado.
Depois de entrar na casa dos 30, a visão se torna mais crítica ao ponto de ver que a sua volta, todos estão se lixando para aquilo na qual você se dedica, dando a impressão de nadar contra correnteza.
E claro, isso tem uma consequência, e séria, os caciques entendem que você, é a figurunha que briha no escuro e descarregam a pressão psicológica em cima de você para que faça o que os encarregados deveriam fazer, por ordem no puleiro, fazer a coisa funcionar.
É justo isso?
Obviamente que não, mas parece que mesmo não querendo essa aura, ela vive flertando contigo.
Parece prepotente achar que lhe colocaram no papel de salvador da pátria, de fato me pergunto mesmo se não é isso aí.
Mas ações do dia-a-dia lhe mostram que não é impressão, apenas....
Falando parece sim pretencionismo, exibicionismo ou o que quer que seja.
Só que como disse, com uma profunda análise de tudo que acontece a sua volta, fica lhe aparente que não, não é impressão e sim fato.
Claro, que você tem de saber separar as coisas, eu não sou chefe e não devo agir como tal, não devo se achar a bolacha mais gostosa do pacote ao ponto de querer encarnar o manda-chuva e sair mandando.
Existe uma linha tênua que separa as duas coisas, e muitos não sabem disso ou ignora-a e acaba ultrapassando o limite o que acaba gerando mal estar entre todos.
Já que o lado de lá, acharão que encarnou o espírito mandão, subir para a cabeça.
Mas, se pararmos para observar, é nítida a diferença de ambos os casos, mas muitos não veem dessa forma e preferem, claro, o mais fácil, sair criticando.
Meus cabelos brancos e meu corpo denunciam a preocupação excessiva no meu ambiente de trabalho.
O cansaço quer tomar conta de mim, mas como um bom (ou mal) teimoso, resisto a todo custo à me curvar à ele (apesar de ser o mais fácil).
Férias, acho que é disso que preciso, férias para a cabeça.
Mas, querer nem sempre é poder.
Hunf...isso aqui virou um confessionário um post de desabafo.
Anyway, mas não deixou de ser um fato do cotidiano.
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