Pois bem, dia 2 deste mês, fui dar umas voltas pela região central de Nagoya.
Aquilo ali parecia um formigueiro de gente, me lembrou um pouco do agito de São Paulo, mas nada comparável, até porque num dia que passava por Shibuya, tinha muito mais gente.
Enfim, aquilo estava cheio de gente, com muitas sacolas em mãos, obviamente que foram aproveitar as promoções, até aí nada fora do normal.
Porém, numa das andanças pelas lojas, enquanto esperava, observei um grupo de mulheres, na faixa dos 30 quase 40 anos, em volta de um cabideiro de roupas em promoção.
Nada fora do normal até aí também, porém, depois de uma rápida olhada, virei para outro lado e novamente retornei a olhar para o grupo, e pode ser impressão errada da minha parte e nem vou julgar aqui, mas, uma das mulheres estava com uma peça de roupa em mãos e simplesmente enrolou a peça e colocou na sacola dela e o grupo foi embora.
Yep, isso mesmo, colocou a roupa dentro da sacola.
O fato é que não a vi tirando do cabide, não sei se ela tirou da sacola para fazer uma mera comparação com as peças de roupa.
Porém, é muito estranho uma pessoa enrolar uma peça de roupa e enfiar na sacola e "sumir" de uma hora para outra, normalmente se da umas voltas, olha outras coisas.
Não gostaria de pensar que presenciei um furto e não pude fazer nada.
Aliás, não tinha certeza, não tinha provas, não tinha o que fazer, mas, se eu tivesse visto a cena toda, com certeza que se fosse algo errado eu teria alertado a segurança.
Enfim, depois eu encostei nesse cabideiro, olhei, vi uns cabides vazios e perguntei para minha esposa se as roupas vinham com sensor que acusa na saída, e ela respondeu que não, e eu também não vi o sensor.
A loja estava lotada, impossível dos staff´s darem conta de tudo e nem sei se tinha alguma câmera posicionada para aquele local, que tem câmeras eu sei que tem.
Agora, se a mulher não se tocou que tem, ela pode ficar marcada ou não.
Foda, muito foda ver isso, eu fiquei com aquilo na cabeça, aquela cena, era uma roupa barata, estava em promoção, é algo sem lógica ou cabimento.
Bom, isso foi um caso ou de furto mesmo ou nada demais, não dá pra saber ao certo.
Porém, o que tenho notado é que nos estabelecimentos há placas, sempre com dizeres que o local está sendo monitorado, que há ronda, há sensores e que pedem para não praticar furtos.
What?
É isso mesmo, há placas com dizeres de que é proibido furtar ou que não pode fazer isso.
PQP, isso é mais do que..do que..atarimae (não consegui achar uma palavra em português para essa situação, estou ficando velho e esquecendo muita coisa em português).
Tipo, seria o mesmo que ter um aviso no fogão, não coloque a mão no fogo que queima, é óbvio.
Mas, casos de pequenos furtos tem aumentado, e em muitos lugares te se adotado diversos aparatos de segurança.
Quem está aqui de certo que se prestar atenção em muitos cartazes verá que citações sobre isso.
Furtar comida (que acontece bastante) pode ser algo compreensível, mas não aceitável, pela atitude adotada, mas roupa ou coisas desse tipo? Não dá né.
Comida, de repente a pessoa não tem condições de comprar e acaba cometendo isso, outras vezes é por sacanagem mesmo.
No Br não é diferente, já que vi gente consumindo produtos e largando nas prateleiras.
Quando era pequeno e acompanhava minha mãe ao mercado, hipermercado em dias de promoção, com aquela fila quilométrica, criança não tem jeito, acabava sentido fome.
Minha mãe até deixava consumir, mas ela carregava o pacote aberto mesmo, até o caixa e fazia questão de pagar, nunca sair sem pagar nada.
Questão de educação, de civilidade, que todos deveriam ter.
Já houvi casos de pessoas furtando cerveja, lotando o carrinho e saindo pela entrada, e colocando a mercadoria no carro que já estava à espera na entrada, e me parece ser coisa de estrangeiro.
E com isso, cada dia que passa fica mais difícil se fazer as coisas.
Mas, em outro post antigo eu cito essa coisa de confiança, pois muitas lojas ainda deixam muitos produtos fora do estabelecimento, por vezes longe da vista dos staff´s e ninguém mexendo, se não for levar.
E nesse momento surge na mente, sem maldade, se fosse no BR nem teria mais as coisas aí.
Já que ficam perto da saída, sem ninguém olhando aparentemente.
Embaçado, foda...e deprimente.
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